domingo, 25 de abril de 2010

Estrelas (de)cadentes

Por Catiane Magalhães

Como os astros que esporadicamente surgem no céu, em movimentos compassados e uma trajetória de queda livre, a cada ano fica mais extensa a lista de “estrelas cadentes” brasileira. A diferença está apenas na freqüência e no ritmo frenético com que estes famosos entram e saem (definitivamente) de cena.

Times inteiros de celebridades de terceira, quarta e quinta linha aparecem e desaparecem das nossas vidas com a mesma facilidade. O fenômeno teve uma explicação brilhante nesta semana, com a frase de Márcia Tiburi, uma das apresentadoras do programa Saia Justa, da GNT. Para a doutora em filosofia, isso só ocorre porque banalizaram o conceito de fama.

Concordo em gênero, número e grau. Para se tornar uma estrela da televisão nos dias de hoje não é preciso brilho próprio, muito menos um talento especial. Basta protagonizar algum escândalo, participar de um reality show, postar um vídeo bizarro no youtube, criar discussões/campanhas polêmicas no twitter, ter milhares de seguidores neste mesmo microblog, assumir, em rede nacional, a homossexualidade, usar um vestido provocante para ir a universidade, enfim, os critérios utilizados na seleção abrandaram completamente.

E devo aqui deixar claro que nesta disputa os homens estão em desvantagem. Afinal, predicados que renda às mulheres o nome de uma fruta ou planta e uma capa de revista masculina é acesso garantido ao “high society”. Nesta balança os atributos físicos pesam muito mais que os intelectuais.

O Big Brother Brasil se revelou um celeiro deste tipo de celebridade. Desde a sua primeira edição, há dez anos, até a última, recém encerrada, o programa faz uma ponte com os demais da emissora. Os participantes, independentemente do sexo e de ser, ou não, o vencedor, após sair da casa tem a chance de esticar os cinco minutos de fama, com passagem obrigatória, prevista em contrato, nos palcos de Ana Maria Braga, Faustão e participando de quadros no humorístico Zorra Total – tão decadente quanto os seus convidados, diga-se de passagem.

Da primeira casa, por exemplo, saiu o anencéfalo Kleber Bambam, que caiu na graça popular pela sua falsa ingenuidade e, principlmente, pelo péssimo português. De lá fez uma “pontinha” na patética Turma do Didi, de onde saiu para emissora concorrente devido às exigências feitas à Globo, por já se achar um astro maior.

Os mais sortudos conseguem contratos (ainda que temporários) com a emissora, como foi o caso do baiano Jean Wyllys, vencedor da quinta edição do reality show, que por um período foi repórter especial do programa matinal da loura e do louro José. Já a vice-campeã, Grazi Massafera, bonitinha e esforçada, mas péssima atriz, insiste em atuar, apesar das críticas.

Da mesma edição, a pernambucana Tatiana Pink, identificada como a queridinha do Sherman, abocanhou um quadro só seu no humorístico de sábado à noite. Apesar do suposto prestígio, seu estrelato também teve curta duração. Aliás, a quinta edição do Big Brother Brasil, do brother Bial, foi a que mais revelou astros e estrelas instantâneos, incluindo as que tiraram a roupa para a Playboy.

Já o polêmico BBB dez, que seria a edição da diversidade, mas teve como ganhador o lutador machão Dourado, coloca em evidência o Seginho, num quadro do Zorra Total, que, assim como o de Tati Pink, tão logo deve ser extinto e o protagonista jogado ao esquecimento. A razão? A falta de propósito, ora! Alguém, por favor, me explique o que ele quer dizer com o jargão “bate, rebate, finge que bate, faz carão”? Porque eu só não entendo, como não acho a mínima graça. Aliás, todo o programa está mais para drama que comédia.

Como o próprio Serginho falou, numa das suas declarações polêmicas, ele não entrou na casa brother pelo prêmio milionário, pois dinheiro não é o seu problema (sic). O seu interesse sempre foi visibilidade/popularidade. Se bem que eu acho bastante improvável uma pessoa com tal look passar despercebido na multidão.

De toda sorte, é bom que ele trate de fazer decolar a grife que pretende lançar. Caso contrário, mais dia, menos dia, ele, como os demais ex-brothers, não passará de um anônimo na infindável fila de ex-famosos. Mas o que se há de fazer, se a renovação é a lei natural da vida? Já nos idos dos anos 80, o maluco beleza Raul Seixas cantava, em sua música “O Homem”, que para uma estrela brilhar outra então tem que se apagar.

Como toda regra tem uma exceção, deixo aqui minhas congratulações à oriental Sabrina Sato e à loura caipira Íris Stefanelli, apelidada carinhosamente de Siri – seu nome inverso –, que ainda conseguem se manter diante das câmeras da Rede TV! A primeira como a repórter anencéfala do Pânico na TV e a última, totalmente insossa, à frente do TV Fama. Talvez por isso esteja com dias contados no programa, passando o posto para a jornalista Flávia Noronha.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Benditas sejam as más notícias...


Por Catiane Magalhães

Diante das tragédias locais, regionais, nacionais e até internacionais que pautaram os noticiários ao longo da semana, ouvi uma velha e conhecida, porém detestada, frase: “notícia ruim rende e vende mais”. Até aí tudo bem, pois sei do sucesso que tais notícias fazem entre os seus consumidores.

O que verdadeiramente me irritou foi o complemento de mau gosto: “jornalistas têm predileção a isso, não é?” – frase já dita, inclusive, pelo presidente Lula –. E sem qualquer pontinha de corporativismo digo que isto é uma grande inverdade e injustiça com nós que narramos, mas não fabricamos fatos.

Além disso, embora às vezes não pareça, a ditadura há muito já terminou e hoje cada um escolhe o que vai levar para casa, através das páginas de revistas e jornais impressos ou da telinha do computador e da Tv. Para isso, existe a democracia e o livre-arbítrio para optar pelas diferentes linhas editoriais dos milhares de veículos de comunicação que estão ao nosso alcance. Cada um consome o que se identifica e se identifica com aquilo que consome.

Mas, uma coisa não se pode negar: de fato, as tragédias, sobretudo as provocado pelas chuvas, dão uma certa tranqüilidade ao repórter, já que são pautas garantidas. Mas verdade seja dita e justiça seja feita, tais notícias agradam e beneficiam muito mais a certos políticos que a nós jornalistas. Me desculpe as raras exceções, mas os oportunistas de plantão são mestre em tirar proveito das desgraças e transformá-las em palanque eleitoral, trocando cestas básicas e materiais de construção por votos.

Em ano de campanha, benditas sejam as más notícias. As mesmas que alimentam a imprensa, garantindo a esta suas manchetes, também colocam em evidência os candidatos que se dispõe a posar de bons e solidários moços, durante breves visitas in loco, com direito a promessas e anúncios de envio de quantias que lhes garantam mais visibilidade que a solução do problema.

Talvez isso explique a preferência em adotar medidas emergenciais às definitivas, pois extinguir o problema significa também eliminar a possibilidade de comprar votos e posar como 'o salvador da pátria'. E por falar nisso, por que será que a tragédia no Haiti comoveu mais autoridades brasileiras que o desastre no Morro do Bumba, em Niterói, a ponto de deslocarem para aquele país e anunciar publicamente, diante das câmeras da imprensa do mundo inteiro, ajuda aos pobres e desvalidos de lá?

A resposta eu sei de cór: porque resolver o problema alheio é mais fácil que os nossos, já que estes nos colocam na difícil situação de identificar culpados e, principalmente, soluções. E neste caso, se aplica a velha máxima popular: “o que não tem remédio, remediado está”.

Aos que me dizem que, em jornalismo, notícia ruim rende e vende mais, eu respondo: em política, panela vazia de pobre é prato cheio, e urna também!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O tiro saiu pela culatra...


Por Catiane Magalhães

A máxima popular “o proibido é desejado” se confirmou nesta semana, com a exibição da entrevista com Guilherme de Pádua – acusado e condenado pela morte da atriz Daniella Perez, há 18 anos –, no Programa do Ratinho (SBT). O anúncio da ‘atração’ era uma nítida busca por alguns pontos no Ibope, mas o que realmente promoveu a audiência foi a tentativa, se não de proibir, de, pelo menos, coibir o acesso do público à entrevista, lançada pela mãe da vítima, a novelista global Glória Perez, e apoiada por amigos e seguidores no twitter.

O boicote teve efeito colateral e levou muita gente a sintonizar a emissora à espera da edição inédita. Aliás, boa parte do público tomou conhecimento da programação através do próprio microblog e das campanhas pela não audiência, ou seja, o esforço concentrado para impedir a veiculação da entrevista só atiçou a curiosidade alheia.

Eu mesma faço parte desta estatística, pois não sou telespectadora da emissora de Sílvio Santos, mas, diante dos posts no twitter, e por não comungar da mesma idéia de Glória Perez, por achar que fere os direitos de liberdade e expressão e de ir e vir do cidadão, resolvi checar o conteúdo do programa amplamente repudiado pela mesma.

Não sou nenhuma defensora dos direitos humanos, mas sou declaradamente contra qualquer tipo de censura, mesmo as motivadas em nome do amor. Do mesmo modo, sou totalmente contrária a programas sensacionalistas, mas não se pode ignorar o tempo que o assassino confesso passou atrás das grades. Se a justiça foi feita ou não, se os quase sete anos de reclusão não foram suficientes, não cabe a ela decidir, o que deve ser levado em conta é que Guilherme cumpriu a pena e, portanto, pagou, em tese, a sua dívida com o judiciário e com a sociedade.

Aliás, a campanha impetrada pela mãe da vítima vai na contramão de uma outra, lançada pelo governo Federal, através do Conselho Nacional de Justiça, para reinserir ex-presidiários no mercado de trabalho e no convívio social, dando-lhes a chance de “começar de novo”, como é intitulada a peça veiculada em várias emissoras, inclusive na empresa que Glória trabalha, a Globo.

Tanto por nada – O fato é que se criou uma enorme expectativa para nada, literalmente. A promessa do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, em quebrar um silêncio de quase duas décadas, revelando para o Brasil o que motivou o crime bárbaro, não se concretizou. O convidado não falou nada que já não tenha sido dito e redito ao longo de todos esses anos, com uma diferença: um discurso arrependido, de um ‘ex-torto’ e agora evangélico, temente a Deus. E sem querer fazer juízo de valor, tudo isso soou mais como uma encenação de quem, mesmo longe dos palcos e das câmaras, devido encarceramento, não esqueceu a arte de interpretar.

Nitidamente confuso e nervoso, e sob o argumento de proteger a própria pele, Guilherme optou por deixar a sociedade sem resposta e não apresentar a sua versão para o acontecimento. Mesmo o ar de quem decorou algumas passagens bíblicas para impressionar não convenceu, pelo contrário, só provocou a ira do apresentador – frustrado por não conseguir dar o furo de reportagem –, que após várias tentativas de arrancar respostas, vendo o tempo se esgotar, saiu do cenário visivelmente irritado com o seu convidado e dizendo, ainda com os microfones ligados, que se estivesse no lugar de Glória Perez (com quem o próprio teria trocado algumas farpas pelo twitter) também não perdoaria o assassino.

E o tiro novamente saiu pela culatra. Diante do espetáculo que antecedeu a exibição do programa e na guerra incessante pela audiência, o apresentador, cuja credibilidade já é duvidosa, teve a sua imagem mais uma vez associada ao ridículo e a incapacidade de realizar aquilo que se propôs fazer.

domingo, 4 de abril de 2010

Mais do Mesmo...

Por Catiane Magalhães


Definitivamente o ano não começa em primeiro de janeiro. Não no Brasil, com sua diversidade de calendários. Na Bahia, por exemplo, o réveillon só chega após o carnaval, e engana-se quem pensa que somos o único povo retardatário. Na televisão brasileira (leia-se Rede Globo) o ano só começa em abril, com o anúncio da grade de programação dos seriados, novelas e filmes – tão inéditos, quanto o RC Especial nas noites de 24 de dezembro – que serão exibidos até o final do ano, que há muito deixou de ser novo.

E por falar no rei, ficou por conta dele a estréia da programação de 2010 da emissora líder em audiência no País. Depois de quatro meses assistindo a reprises, melhores momentos ou a programas inteiramente iguais aos do ano passado, a Globo exibe, em primeiro de abril, o Emoções Sertanejas. Coincidência ou não, a releitura do RC Especial de Fim de Ano mais parecia uma piada de mau gosto para a data, bastante propícia, diga-se de passagem.

Como sempre, convidados interpretando as mesmas canções, as mesmas emoções. Desta vez, um detalhe faz a diferença: sai as musas do Elas Cantam Roberto e entram as duplas sertanejas para, com o ritmo homônimo, darem nova roupagem às suas músicas que já foram cantadas e recantadas em todos os tons e notas, inclusive pelo próprio ex-integrante da Jovem Guarda.

A troca dos personagens, entretanto, não fez a versão parecer menos familiar. Pelo contrário, as cantigas, os convidados e, é claro, a presença do homenageado, causou, pelo menos na minha cabeça, uma grande confusão. Por um breve instante fiquei na dúvida se ficaria à espera de Papai Noel ou do Coelhinho da Páscoa.

Passado o momento da incerteza, que só se foi após uma ligeira conferida no meu calendário de cabeceira, lembrei de uma música de Renato Russo que descreveria com precisão a minha sensação naquela ocasião: “Sempre mais do mesmo, não era isso que eu queria ouvir”!

Pior mesmo foi a sensação experimentada de aguardar quatro meses para ver o ano novo da Globo começar e achar que voltei no tempo, apenas com o auxílio do aparelho de TV. Justo eu, que se pudesse embarcar numa máquina com tal poder, pediria para ver o amanhã, o mês e, quem sabe, o ano seguinte.

E pegando o gancho no espiritismo, que tem pautado a emissora, com direito a documentários, reportagens, novelas e divulgação do filme sobre a vida do médium Chico Xavier, o tema também não poderia escapar aos meus comentários. Os adeptos que me perdoem, mas não consigo compreender que diabos levam uma pessoa a se submeter à regressão para descobrir, sem opção de alterar, o que já passou.

Ainda como o aniversariante da semana, Renato Russo, eu prefiro insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que ainda não vi à ser telespectadora desse museu de grandes novidades, se me permitem citar o também poeta, igualmente morto, Cazuza.

O show da vida...

Por Catiane Magalhães

O slogan é do fantástico, mas veio a calhar na semana em que o País inteiro parou diante da televisão para acompanhar cada minuto, cada detalhe, do julgamento do casal Nardoni – agora condenado pelo assassinato da pequena Isabella. Um batalhão de repórteres, câmeras, microfones e gravadores dividiram o espaço com outra multidão de anônimos curiosos, que encontraram ali um palco para ter seus míseros cinco minutos de fama, afinal o acontecimento tornou-se uma espécie de reality show mais vigiado do momento.

A imprensa cumpriu, e muito bem, o seu papel. Todos os noticiários – televisivos, impressos, radiofônicos e eletrônicos, davam informações do caso, atualizadas a todo o momento. A troca de olhares dos acusados, um suspiro da mãe da vítima, a afirmação de uma testemunha, nada escapou às lentes das câmaras que se voltaram para o Fórum de Santana, zona Norte da capital paulista. O crime que chocou o Brasil contou até com o apoio de novas ferramentas tecnológicas para ser transmitido e comentado, em tempo real, pelo Twitter.

Durante uma semana inteira o assunto era o principal destaque, para o alívio dos corruptos de plantões que tiveram aí uma folga e caíram num breve esquecimento. Mas o que chamou, de fato, a minha atenção para a cobertura foi a espécie de espetáculo em que transformaram o episódio. Enquanto repórteres narravam um clima tenso dentro da sala do tribunal, as imagens externas mostravam o comportamento paradoxal da população, que, escondida atrás de cartazes e pedidos de justiça, queriam mesmo era veicular sua imagem em rede nacional, com exceção, é claro, de uma meia-dúzia que realmente se compadeceu com sofrimento da vítima e da mãe dela – a maioria motivada pelo instinto materno.

Afora essa minoria, o que se viu na porta do Fórum de Santana foi uma espécie de carnaval fora de época, com gente fantasiada, mascarada e de cara pintada, num só coro por justiça. No entanto, as mensagens mostradas eram: “Filma eu”, “Julgamento de Isabella, eu fui!”, “Mãe, olha eu aqui”.

E como brasileiro é criativo, teve de tudo: desde Cristo carregando uma pesada cruz à aspirante a escritor, que levou seus livros para divulgar e comercializar no local. Este último, um baiano, radicado em São Paulo há anos. Em entrevista, ele confessou ter procurado todas as emissoras para tornar público o seu trabalho e como não conseguiu resolveu ir ao julgamento, onde encontraria toda imprensa num só lugar.

Em meio à polêmica sobre a decisão do juiz em manter Ana Carolina Oliveira isolada para uma possível acareação com os assassinos da sua filha e às explicações da defesa, eis que surge a avó materna da vítima, dona Rosa, (mãe da própria Carolina) acenando para a platéia com sorrisos, beijinhos e tchauzinhos, como se fosse ela uma celebridade.
E por já estarmos acostumados com essas inversões de papéis e valores, achamos normal o comportamento daquela senhora diante das câmaras e dos “fãs”, pois naquele momento ela era mesmo uma celebridade, disputada pelas emissoras para dar uma palavrinha apenas. E assim o fez prontamente: atendeu a todos os pedidos de entrevista e finalizava sempre exibindo a tatuagem com o nome da neta no braço.

Após longos cinco dias de angústia pela espera de um resultado que fosse favorável para a população sedenta por justiça, ou seja, pela condenação dos réus, que posteriormente seria comemorada com muita música, dança, gritos e fogos de artifícios, finalmente sai a sentença esperada. Pai e madrasta são considerados culpados e voltam para a prisão. O julgamento termina, o show lá fora, não!

A disputa pelo microfone e pelas câmaras é ainda maior entre os anônimos que aguardavam – entre eles, muita criança, principalmente de colo, que não entendiam o que se passava e muito menos o que estavam fazendo ali, durante todo aquele tempo –.
Entre as poucas palavras proferidas após o veredicto, a defesa se recolhe e reconhece que “o brilho da noite foi todo da promotoria”. Sim, o advogado Roberto Podval estava atribuindo ao promotor Francisco Cembranelli, e não ao trabalho desempenhado por este, um estrelismo.

Diante de tudo isso, a mais sensata e reservada foi a própria Ana Carolina. Envolvida por sua dor, ela disse, numa das suas poucas aparições, que apesar de tudo que aconteceu durante a semana e da justiça ter sido feita nada traria a sua estrela Isabella de volta.